A Divina Música

Para você que acredita em alguma espécie de ser transcendente que rege este universo, e a resposta para todas as maleficências que ocorrem, você diz que 'a culpa é da humanidade', pois 'deus' é perfeito; imperfeito é o homem.

Seria então, a música, o som, um deus?

Pois, "perfeita é a música"; imperfeitos são os instrumentistas, os intérpretes, os cantores.

As incríveis melodias, escritas por Beethoven, Bach, Mozart, Strauss e outros grandes nomes da verdadeira música, que nos fazem sonhar são parte de um mundo de notas que, religiosamente traduzidas, se transfomariam em orações aos ouvidos de qualquer pessoa com o mínimo de sensibilidade musical.

No decorrer da história, ambas - música e religião - foram perdendo seus tradicionais costumes, seu respeito, suas formas, seus modelos, sua cultura. O que praticamente trás à tona a comparação entre elas.

Existem músicas imperfeitas, como existem também religiões imperfeitas. Ambas têm esta característica por serem formuladas à partir de ignorantes, que não têm noção da complexibilidade de cada uma. Mas a música em sí, as notas, os tempos, tudo é perfeito.

A matemática músical é perfeita, e a matemática também poderia ser um 'deus', pois ela trás a resposta exata para um vasto número de dúvidas.

Se você acredita em 'deus', deve acreditar em 'música'.

Da mesma forma, cada um tem seu respeito, e cada um tem sua cultura.
As pessoas utilizam a 'religião' para amortizar sofrimentos, trazer alegrias, lembranças, emoções, ilusões, desejos, pensamentos - bons e ruins - , utilizam para buscar paz, tranquilidade, enfim... utilizam da mesma forma como utilizam a música. Você não percebe, mas ao ouvir uma música e recordar de alguém, ou chorar, ou sorrir, ou se sentir em paz, ou desejos, você está dando à música seu valor 'religioso', o que nos aproxima mais da possível "Religião Música".
Os instrumentos músicais, cada um com seu timbre específico, seriam como cada um dos anjos de 'deus'. É por isso que acredito que a música é sim uma religião.

E é com uma das frases de Beethoven, onde diz que 'a música é a voz de deus falando aos seus ouvidos' que encerro esta postagem.

Será que é normal ser normal?

O que é normal? Será que podemos designar na sociedade o que é e não é normal? O que é social? Por que nossa cultura quer impor para nós mesmos o que são atitudes normais ou não? Um ser humano especial, portador de deficiência, é normal? Ou será que nós somos anormais? É possível que seja normal um louco? Ou exista uma loucura normal?
Sempre tive curiosidade para interpretar a loucura. Por mais científica que foram as respostas até hoje entregue à população sobre os problemas psíquicos, é fascinante o quanto a loucura nos faz pensar. Acho muito mais louco de nossa parte vivermos a vida toda trabalhando para sobreviver, e depois morrer sem levar nada de bom desta vida do que morar feliz dentro do sanatório psquiátrico.
Nosso padrão de normalidade é tão medíocre que nos faz com que separemo-nos dos que acreditamos não serem normais. Quando não fazemos isto drásticamente, criando sanatórios e isolamentos, fazemos isso sem precisar de muros, com o preconceito que rege a sociedade. Temos que nos lembrar sempre que, para se montar um quebra-cabeça, as peças precisam ser diferentes para se encaixar.
Se hoje pararmos para nos perguntar 'o que é normal?', acredito que nem nós mesmo saberíamos responder. Será que o normal precisa ser realmente o meu 'cover'? Ter as mesmas atitudes que tenho, fazer a mesma vida que faço? Será que para se destacar na multidão você realmente precisa agir como a multidão, ou na verdade você tem que ser diferente? Anormal? Será que uma atitude deve fazer com que alguém deixe de ser normal? Ou será que o normal deve agir como a sociedade quer que seja o normal?O preconceito é uma característica de pessoas normais?
Lembre-se: o normal pode ser mais estranho do que se imagina.

O pequeno grande homem

Você já comparou a estrutura do Sistema Solar com a estrutura atômica? não são praticamente idênticas? Um núcleo, várias particulas girando ao seu redor. Não é muita conhecidência? Agora pense: se o Sistema Solar inteiro for apenas um átomo, o que você é? qual o seu valor?
O ser humano ainda não descobriu realmente onde está o verdadeiro valor da vida. Todos procuramos sempre ter o melhor posto, as melhores coisas, sempre tentando manter seu 'status quo' maior que o do seu próximo. Mas, perante tamanha imensidão que é o universo, qual a diferença entre você e seu próximo? Se o planeta Terra for comparado a um elétron de um átomo, nós não chegamos nem a existir. Mas, por outro lado, por menor que seja o vírus, veja o quão grave pode ser a doença. Então o que vale não é o tamanho, é a atitude.

Para ser notável em meio à imensidão do universo é meio complicado, mas para ser notado em meio à pessoas basta você saber agir, falar, pensar e assim, se destacar.

Não há dinheiro que compre respeito, carinho, gratidão e afeto. São todos méritos de atitudes. E para agir, não há tamanho.

Por mais insignificante que você seja para o mundo, uma simples atitude diferente pode fazer com que parte dele conheça seu nome. Basta você saber como quer ser conhecido. Osama, Sadam, Bush, Hitler, Obama, Gandhi, Chaplin, cada um deles escolheu uma forma para agir e aparecer na multidão. Apesar de todos representarem a mesma insignificância no tamanho, diferenciaram-se na grandeza das atitudes, que repercurtiram em todo o planeta.

Se o Sistema Solar é um átomo, não seja o vírus: seja a cura. Pense nisso, pequeno grande homem.

A Alma do homem repousa na vida e desperta nos sonhos

De acordo com o site http://www.wikipedia.org/, "o sonho é uma experiência que possui significados distintos se for ampliado um debate que envolva religião, ciência e cultura. Para a Ciência, é uma experiência de imaginação do inconsciente durante nosso período de sono. Recentemente, descobriu-se que até os bebês no útero têm sono REM (movimentos rápidos dos olhos) e sonham, não se sabe com o quê. Em diversas tradições culturais e religiosas o sonho aparece revestido de poderes premonitórios ou até mesmo de uma expansão da coinsciência."

Ao procurar no dicionário 'Aurélio Buarque de Holanda', o significado para sonho é "s.m. Associação de imagens, freqüentemente desconexas ou confusas, que se formam no espírito da pessoa enquanto dorme. / Fig. Ilusão, fantasia, devaneio, utopia: o sonho acabou. / Coisa vã, fútil, que se esvai: a vida é um sonho. / Idéia acalentada, ideal: o sonho da liberdade. / Desejo intenso e vivo. / Visão sobrenatural. / Bolo de farinha e ovos, muito fofo, e revestido de açúcar. // Parecer um sonho, ser tão extraordinário que é difícil de acreditar."


Mas o que é, realmente, o Sonho? Nosso cérebro ainda não é totalmente estudável, e existem ainda várias descobertas a serem feitas sobre seu funcionamento. Mas o sonho, em especial, é inacreditavelmente interessante e místico. Por que sonhamos? Como podemos sonhar com algo que nunca vimos antes? Se o sonho é a reprodução e associação de imagens - como diz o dicionário - qual a resposta para sonharmos com algo com o qual jamais tivemos contato?


Seria o sonho uma outra vida num outro mundo? Ou apenas reflexos do mundo atual com alterações que você mesmo gostaria que existisse? Você consegue controlar seu sonho? Sonhar com algo que quer sonhar? E se o sonho for uma pequena amostra da morte? Aquilo que você acredita ser desconhecido, como a morte, aparece todas as noites junto à você para que já se vá acostumando com o 'lado de lá'. É estranho, mas nada é impossível de se acreditar.


O sonho pode ser outra vida. Uma vida mais rápida, que passa num tempo diferente do nosso. Ou será que aqui é o sonho e "lá" é a verdadeira vida? Vida e sonhos se confrontam para que possam existir simultaneamente numa pessoa só? Você pode sonhar em vida ou viver em sonho? Por que alguns sonhos se tornam repetitivos em nossas noites? Você já sonhou com algo mais de uma vez? E por que alguns sonhos são marcantes e lembramos deles nitidamente após acordar, e outros esquecemos assim que abrimos os olhos? Existem segredos nos sonhos? Seja lá como for, sonhar ainda é um mistério... ou será a vida um mistério? Esperamos que a cultura tecnológica responda a todas estas perguntas num futuro próximo.